junho 22, 2006

Porque tudo começou ontem à noite. A Lê foi jantar na minha casa. Eu fui no supermercado e comprei vinho para a comida e Polar Bock para mim. Eu estava com vontade de tomar Polar Bock há um mês. E não encontrava nunca. As garrafinhas estavam lá, na geladeira do corredor das bebidas, só esperando pela minha vontade. Cozinhei. A Lê ficou sentada num banquinho na minha cozinha. E eu mexendo as panelas, fazendo as minhas tradicionais poções e superstições culinárias. E nós falando... Falando, falando, falando... Conversamos sobre todas as coisas que aconteceram desde que eu fui para a Bahia em janeiro. Muita coisa. Mais de quatro meses de novidades. Sentamos na sala. E conversamos mais. E eu jantando e tomando a minha Polar. ÊÊÊ! Contei pra ela dos meus planos, do trabalho e das confusões. Fiquei com as bochechas quentinhas. Claro, ri sem parar. E a cerveja subindo para a cabeça. Subindo, subindo. Levei a Lê até a Anita Garibaldi para pegar um táxi. E voltei para casa cantando, e imitando com os braços a bateria de uma música do CD novo do Muse que entrou e ficou, ali, num cantinho do meu cérebro. Lavei a louça. Cantando, cantando. E fui dormir... A primeira coisa da manhã, depois do banho, suco de uva e café com leite, foi a manicure. Maravilha, maravilha. Peguei a lotação e sentei no lado esquerdo, para ficar com o rosto encostado no vidro, pegando sol e ficando bem quentinha de novo. Claro, cantei mais. Eu adoro cantar na lotação. E, às vezes, eu também falo. Coisas que até as pessoas concordam. Ou eu fico com vergonha quando falo alto demais, e aquelas senhoras de casacos grossos e jóias transbordando pelas mangas acham que sou maluca. Desci no Centro. E atravessei toda a Praça da Alfândega, analisando os camelôs que vendem qualquer coisa que se queira. Os da Praça são mais sofisticados, têm artesanato e umas cuias lindas. Em uma das bancas, alguém fazia um tratado maravilhoso sobre Leonardo da Vinci. Fui fazendo o caminho do sol até chegar à Casa de Cultura. Cheguei e sentei no computador. Li os e-mails. Conectei o MSN. E comecei a andança pelos blogs afins... E comecei a conversar com a Moni pelo chat do Gmail. Conseguimos falar bastante, pois a conexão de Rondônia não atrapalhou nada. E ela me contou do trabalho, da poeira, do modem de banda larga que não chega nunca. Me contou da Tess e de histórias engraçadas de estufas, alfaces e gatinhos. E eu ri muito. Gargalhei. E nem senti o tempo passar. Olhei o relógio. E fiquei com medo de almoçar sozinha hoje. Liguei para o Napp. E, ao mesmo tempo, ouvi um toque de celular no corredor. E ele atendeu bem baixinho, pra fingir que não estava ali. E eu desliguei e peguei ele na tampinha, fazendo a brincadeira comigo no momento em que chegava na Casa. Voltei para computador, para fazer uma hora. E li uma coisa tão linda, linda, linda no blog da Manu. E me concentrei em alguns parágrafos. E admirei a coragem dela por ter contado tudo, tudo, tudo... E fiquei feliz por saber que ela é minha amiga. E que eu sou amiga dela. E que tenho tantos outros amigos. Que eu acho especiais, essenciais, luz. Olhei para a mesa ao lado da minha. E o sol, se esgueirando e se refletindo em vidros de prédios e carros, conseguiu entrar na minha sala. E ele dançava, como que querendo me mostrar alguma coisa. E eu nem liguei. Levantei da cadeira, aumentei o volume do rádio, e saí dançando com ele. E eu nem liguei que era meio-dia. Nem liguei que estava na minha sala, e que algumas colegas passaram e riram da minha discoteca particular. E achei que seria interessante escrever no blog sobre todos os pensamentos da minha cabeça. Num post enorme. Do tamanho dessa coisa boa que estou sentindo por dentro há algum tempo.

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