junho 06, 2006

Quando se pensa que o limite foi alcançado, é daí que estamos realmente enganados. A todo o momento, o mundo inteiro conspira para que os desafios sejam maiores, os prazos menores e as pessoas que aparecem mais insandecidas. Ao mencionar insandecidas, quero dizer realmente insandecidas, loucas de pedra, malucas, piradas, piscóticas em mais alto grau e nível de periculosidade. Tudo isso para dizer que a minha tarde (ou seja, mais ou menos 4 horas) passou como se fosse cinco minutos (ou seja, praticamente nada). Isso significa que, entre um telefone, um e-mail, um problema, outro telefone, alguma solução e muita, mas muita gritaria, fiz váááááárias coisas que sequer lembro. Assim automática. Precisei agendar para alguém duas escolas diferentes com alunos de idades diferentes para uma matéria diferente para o Jornal Nacional. Alguém me pediu para arrumar o tamanho de uma foto possivelmente de outro alguém. Alguém novamente me pediu uma foto do poeta que inacreditavelmente não tenho autorização de outro alguém para passar adiante. Alguém me ligou para pedir para exibir um DVD sobre o poeta em uma festa no fim de julho que uma reunião de vários alguéns ainda iria definir como será. E foi exatamente nessa reunião que alguém perguntou para outro alguém como era possível que alguém como eu pudesse falar tudo aquilo sobre outrem sem ter bebido antes. Sei lá. Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Porque eu ainda estou com vontade de dar uns gritos para uma tal de Miriam. Porque se eu sou a heroína dessa história, ela realmente parece ser uma das mais perversas vilãs que apareceram por essas bandas. Alguém me alcança a minha capa, por favor?

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