Mas, se um gênio tivesse surgido à mesa para realizar o desejo mais urgente de Edward, ele não teria pedido nenhuma praia no mundo. Tudo o que queria, tudo em que podia pensar era em deitar com Florence, os dois juntos e nus, na cama do quarto adjacente, confrontados por fim com a experiência aterradora que parecia tão distante do dia-a-dia quanto a visão de um êxtase religioso, ou até da própria morte. A perspectiva - será que ia de fato acontecer? com ele? - mais uma vez lhe deu um frio na barriga, e ele teve a sensação momentânea de que pudesse desmaiar, o que disfarçou com um suspiro de satisfação.
Na praia, de Ian McEwan
março 13, 2008
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2 comentários:
Baita livro.
Li o fim de um fôlego só. E tenho que discutir esse livro com alguém. Se te habilitar...
Emendei no mesmo dia o Animal Agonizante, do Roth. E estou gostando bastante...
Beijos!
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