Desde quinta-feira passada, tenho sido refém do meu próprio corpo. Uma fase de boa auto-estima veio acompanhada de acessórios. Aos habituais brincos e anéis, uniram-se pulseiras e braceletes. Ouvi alguns elogios e outros comentários. Mas a semana trouxe alguns elementos perigosos a esse cálculo: ao bracelete da quarta-feira somou-se o calor insuportável e constante dos últimos dias. Logo após o sinal de igual, veio ela: a alergia. Já perdi a conta de quantas vezes sujei minha bolsa com a pomada, de quantas vezes acordei na madrugada coçando desesperadamente os pulsos. A salvação foi radical. Estou com os braços atados por micropore. Salva a roupa da sujeira e a alergia das minhas unhas. Estranho foi entrar ontem à noite no prédio sob o olhar da minha vizinha. Talvez ela tenha pensado em suicídio. No meu, é claro. Mal sabe ela que tudo isso é um claro sinal de que estou mais viva do que nunca.
março 20, 2006
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