abril 17, 2006

Então é isso. Hoje pela manhã, fiz a segunda consulta médica depois da cirurgia. Após ter desistido de ter uma visão perfeita (enxerguei muito mal durante toda a Páscoa), já fui perguntando para o médico quando faríamos novamente a operação. "Quero zerar o grau". Ele, imediamente jogou um balde na minha cabeça. Água fria. "Be cool, careca", ele disse. Segundo o doutor, meu grau está zerado, mas o olho está mais seco que o deserto. Parece o Nordeste, com todo aquele solo rachadinho. Por isso eu não enxergo direito. E por isso ainda posso ficar assim uns seis meses. "Hummm", pensei. A primeira coisa que fizemos depois do habitual teste do "A P Z H" (não contei pra ele que já sei a tabela de cor, mas que mesmo assim não estou trapaceando...) foi grudar uns papeizinhos brancos com tabelinhas nas pontas para avaliar o índice lacrimativo luthomeniano. Foi horrível, fraco mesmo. Fui reprovada com louvor. A felicidade de estar sem óculos é tanta que esqueci até de chorar. "Sem problemas", ressaltou o doutô. Já foi abrindo o armário e tirando umas coisinhas que eu mal enxergava. Eram dois objetos, quase no formato de um funil. "Não te preocupa. Teu corpo vai absorver isso"... E antes que eu pudesse perguntar, ele obstruiu meu canal lacrimal com esse funil. Um em cada olho. E o alívio foi imediato. Mesmo assim, saí do consultório com inúmeras recomendações. E com amostras grátis de um gel lubrificante para as noites (não as de amor... é pro olho, meu...) e com as legítimas lágrimas de crocodilo para as tardes (à beira do lago Ar-condicionado no Conselho), além de mais doses dos dois colírios que eu já utilizava... Agora vai!

Nenhum comentário: