maio 15, 2006

Essa é a minha mensagem da garrafa. Com a minha carta desabafo, jogada no mar virtual. Às vezes, acho muito fácil me apegar ao universo do quase não-existente para resolver os meus problemas. A verdade verdadeira é que, seguidamente, enlouqueço. Os primeiros sinais aparecem quando começo a publicar muitas bobagens no blog. "Merdas", como diz o meu irmão. E a verdade verdadeira real é que não pode ser fácil levar a vida que eu adotei pra mim. Nunca pensei que seria. Minha idéia era estar totalmente adaptada em seis ou sete meses. De cara não consegui. Acordo cedo, vou para o primeiro trabalho. Saio correndo dez minutos antes do meio-dia. Às 12h, chego no segundo trabalho. Ligo o computador, olho algumas mensagens importantes e saio para almoçar. Correndo um pouco, pois tenho que estar de volta perto das 13h, para trabalhar até 19h (nos dias de yoga), 19h30min, 20h... Vou seguindo... Seguindo... Dormindo um pouco mais, um pouco menos. Tentando equilibrar tudo isso com as agendas do Mr. Flag, da família Thomé, dos amigos, do pós-graduação, dos trabalhos da minha empresa... Em alguns dias, trabalho manhã, tarde e noite. E ainda assim, não consigo cobrir o buraco negro da minha conta corrente. Em algumas noites, eu acordo de meia em meia hora. Me lembrando de tarefas do dia-a-dia, fazendo discurso, defendendo o que eu acho certo e eliminando o que eu acho errado. Quem pode dormir com dois milhões de idéias na cabeça? Quem pode relaxar e deixar tudo pra depois? Eu não. E ainda tento escrever novos textos/contos nesses intervalos que eu não tenho. Já pensei em largar tudo. Pedir demissão dessa vida, avisar os amigos e me mudar para um lugar calmo, tranqüilo e com uma praia só minha.A minha casa está um caos. Há meses eu não organizo meus papéis, e os livros seguem empilhados em diferentes lugares conforme a finalidade dos mesmos. Vou viajar amanhã e me dei conta de que esqueci totalmente de levar minhas roupas na semana passada. O que é isso? A minha mensagem na garrafa. Socorro...

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