maio 28, 2006

Meu sábado passou rápido. Cadenciado pelo ritmo de uma guitarra gaúcha e nervosa. Alimentado por xícaras e mais xícaras de café. E embalado por uma conversa deliciosa que durou mais de quatro horas. Sábado foi o dia escolhido para concretizar o meu primeiro projeto do curso de pós-graduação. Entrevistei o roqueiro cara de malvado e coração de ouro Jimi Joe. Levei duas fitas para gravar a conversa. E foi insuficiente. Sobraram, isso sim, gargalhadas no meio do Café Azul Cobalto, histórias de jornalismo e de música, ou de música e jornalismo. Ele me contou tudo. Desde o nascimento em Pedro Osório, as loucuras com os colegas de ginásio, o início como jornalista e a barra de estar enfrentando hemodiálise há alguns anos. Saímos quietinhos do café. De braços dados, andando bem devagar, contando ainda outras novidades e caminhando pela Cidade Baixa aproveitando o temporal que já alagava tudo. Gotas se confundem com lágrimas. E sentimento tem total relação com rock and roll. Verdades absolutas. Agora é deixar que tudo isso escape pelos meus dedos, direto no teclado do micro.

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