julho 17, 2006

Hoje, me lembrei da minha viagem a Salvador. E de que, entre os vários conselhos que recebi, estava o fatídico: não vai ser boba de pedir carne nos restaurantes de lá. Tem que comer peixe! Tem que comer camarão!! Viva os frutos do mar!!!... Ok. Como era a primeira vez, na vida, que eu viajava sozinha, tentei considerar os inúmeros avisos, dicas, lembranças, recados, ameaças, terrorismos e informações que todas as pessoas que conheceram a Bahia antes de mim acharam importante mencionar. Certo. Entrando no Pelourinho, às 15h de uma terça-feira, eu estava com uma fome do tamanho da minha curiosidade pelo lugar. Mas achei conveniente almoçar antes de passear. Entrei em um café simpático, procurei por uma mesa vazia e pedi o cardápio. Depois de analisar por 22 segundos, meus olhos não desgrudaram da sugestão do chefe. Me parecia boa. E sempre tive confiança nessa intuição gastronômica: tenho grandes chances de pedir o melhor prato quando conheço um novo restaurante. Pois bem... Garçonete, eu vou querer a carne à moda do chefe... A carne... Isso aí!!! C-a-r-n-e!!! Porque se eu estava sozinha, em uma cidade desconhecida, pronta para desbravar, a primeira coisa que eu deveria fazer era quebrar qualquer regra pré-estabelecida. E confesso: até hoje, eu ainda sonho com aquele suculento pedaço de carne coberto com o molho mais inesquecível que eu já provei... Ah, essa vida de rebelde é realmente fantástica.


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Eu e a Moni concordamos de brincar de Thelma e Louise. Momento mais propício do que esse não poderia existir. O plano é fácil e a lista de necessidades é um clássico cinematográfico. Os problemas já existem. Basta prosseguir com o plano de fugir deles. A medida seguinte é alugar, comprar ou roubar um conversível. Claro que deve ser vermelho, potente e forte, para agüentar os trancos das estradas brasileiras. No mapa, está definido o roteiro. E, especialmente, a clássica queda. Depois de fugir da polícia e mostrar uma banana para todo o universo, vamos acelerar na direção do precipício da Chapada dos Guimarães. Velocidade, velocidade, velocidade. E as mãos dadas voando pelo vazio. O melhor de tudo: eu é que vou ficar com o Brad Pitt. Pelo simples motivo de que a Moni sempre achou que lidava melhor com armas do que eu... Ah, esse mundo de crime, do sexo e da fantasia é realmente fantástico.

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