Então vamos aos fatos... Rasguei o caderno de variedades da Zero Hora, com todas as instruções para entrar em 2003 com tudo. E também fiz questão de não assistir aos programas vespertinos de tevê, que não se cansam de, ano após ano, enumerar atitudes, amuletos e grãos para serem digeridos na passagem de ano.
Resolvi fazer diferente do que fazia desde que me conheço por gente. Combinei com o Elio de enchermos a cara de champanhe. Começaria colocando para fora tudo que estava trancado na minha garganta desde 2001. A calcinha? Lingerie nova: vermelha para amor, amarela para $? O que é isto afinal? Abri a gaveta do meu guarda-roupa e peguei a minha calcinha mais querida: aquela que já me acompanhou em poucas e boas, na alegria e na tristeza. E que sabe exatamente como eu sou, com minhas neuras, minha perfeição imperfeita, minha obstinação por várias coisas ao mesmo tempo. Para que usar uma lingerie assustada, recém saída de uma loja? Preferi o clássico.
Não comi milho. Um prato de lentilha foi bem-vindo pois adoro. Como em qualquer data. E a janta foi normal. Evitei aqueles pensamentos de esperança exagerada ou previsão catastrófica. Para quê? Dez minutos antes da 1/2 noite, estava sentada no sofá da sala da minha sogra, olhando tevê. Sempre ficava nervosa, mas neste ano... Fiz diferente. Acho que estou diferente. E isto é bom.
Bebi bastante champanhe. E não fiquei bêbada (isto é um sinal? Pô, eu sempre fico bêbada...). Usei (só para não dizer que não usei nada), um escapulário que a Sónia, minha querida amiga, me deu no Natal. Ele ficou no braço esquerdo, para lembrar de todas as pessoas que são especiais na minha vida. Isto é o que realmente importa. Não é mesmo? É sim...
Então, veio 2003... Que ele seja especial ou não. Um número não faz nada. Eu mesma tenha que guiar a minha vida. Este é o lema: fazer a diferença.
e50kg@yahoo.com
janeiro 02, 2003
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