Terminei hoje de madrugada a leitura de Vésperas, de Adriana Lunardi. Definitivamente, não retiro nenhum dos elogios explicitados anteriormente. Ao contrário: teria que dispor de muitas outras vírgulas para definir toda a catarse que o livro me provocou. Me lembrei de tanta coisa da minha vida, me fascinei com o trabalho da autora, que realmente incorporou o estilo e tratamento narrativo das escritoras em questão. Confesso que estou mais introspectiva neste ano. Isto é bom. Minhas produções textuais aumentam consideravelmente quando fico assim. Mais tranqüila, quieta, com vontade de encostar a cabeça no travesseiro e pensar sobre a vida, sobre o ato de pescar as estrelas do destino e acabar definindo o rumo da minha trajetória. Meus instrumentos de pescaria estão guardados. Ainda não decidi nada. Ainda sou Páris, parado em frente de Hera, Afrodite e Atena... pensando, pensando...
Um pouco de toda esta serenidade que estou passando foi motivada pela minha leitura paralela. Vocês não sabem qual é... Alguns sabem. Os textos não são rebuscados ou trabalhados como os da Adriana. Mas... Fez com que eu me desse conta de muitas coisas. Tipo: como eu estava errada, sendo simplista, catastrófica, depressiva e vendo sem enxergar. Bem... Hoje eu estou chateada, nostálgica, pensativa. Mas com muita tranqüilidade. Vivo duas situações atuais: não encontrei o meu lugar, ao mesmo tempo que concluo que sou peso demais na vida de uma determinada pessoa. Não penso na possibilidade de ficar em segundo plano. Mas quando me mandam embora dói. A primeira situação acho que resolverei hoje. A segunda, eu não sei.
e50kg@yahoo.com
janeiro 10, 2003
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